sábado, 7 de fevereiro de 2009

Space Bossa



Space Bossa, a fronteira final. Wild Robson já é figurinha carimbada dos undergrounds da vida, ainda que ele diga que já viu a Terra do espaço, sob a influência de alienígenas do bem. Como resultado disso, suas canções e projetos trazem a mensagem de paz que Wild aprendeu em suas andança
s em lugares muito além daqui. O que importa mesmo é que o Space Bossa, a one-man band de Wild, ou melhor, ele mesmo enquanto artista está aqui, na Terra, pronta para invadir rádios, mp3 players e demais formas de comunicação musical. Sua página no site www.myspace.com/spacebossa é uma verdadeira convenção mundial de fãs, que mostram o poder de fogo de suas melodias. A idéia é simples, nunca simplória: música pop bem feita, com o tino de quem sabe o que está fazendo. Há teclados, há guitarras, há voz, há coquetéis na beira da piscina de Blow Up, há histórias de amor e amor nas histórias. E, claro, ingenuidade típica dos melhores Forrest Gumps que habitam os mundos de lá e de cá. Não é preciso pensar muito para entender o fascínio que “Verão do Amor”, a música que puxa o debut do Space Bossa pode exercer sobre quem aprecia melodias pop ensolaradas. O teclado e a produção de Marcio Lomiranda (que já pilotou estúdios para gente tão diferente quanto Ivan Lins e Sandy &Junior) deram ao som de Wild Robson os contornos de profissionalismo que credenciam a banda para enfrentar a carnificina na briga por espaço em rádios e televisões. No teletransporte do Space Bossa, vêm e vão influências da Tropicália, dos Mutantes, da Bossa Nova, além de ecos de bandas como Ride, Primal Scream e The Byrds. A maior virtude que Wild imprime em seu projeto é a apropriação dessas influências e torná-las praticamente suas invenções. Com o palco cheio de brinquedos e uma performance lúdica, Wild Robson já esteve em mais lugares do que você pode imaginar. Do LG Music Festival e Mercado Mundo Mix, passando pelo Festival Planetário de Alfa Centauro e as bodas de prata de Callisto, uma das luas de Júpiter. Resistir é inútil.

Carlos Eduardo Lima - Jornalista e escritor

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